Halkidiki - Merlot - Grécia

2008.
Tinto.

Os gregos estão surpreendendo com bons vinhos e preços acessíveis, mostrando que estão entrando no mercado para concorrer não somente com os "vinhos de boutique" (para usar o termo da moda), mas também com os vinhos mais simples e cotidianos. Este é um bom exemplar de um bom vinho simples e barato.

Tem aromas de cereja e cassis, com um toque floral e adocicado. Na boca é bastante ácido, não muito tânico e tem bastante álcool, com um corpo leve e suave amargor no final. Apresenta alguns defeitinhos, como a sensação alcoólica, mas vale a pena.

Compramos baratinho no Carrefour e valeu bastante a pena.

Nemea - Tsantali - Grécia

2007.
Tinto. Cabernet Sauvignon

Que bela surpresa: um delicioso vinho grego barato no Carrefour. Bom para acompanhar pratos marcantes, este foi tomado em um churrasco e caiu bem. Vale muito a pena.

Rubi profundo com reflexos alaranjados, com aromas de frutas, no decantador revela particularmente a ameixa madura, um tanto amadeirado e com um discreto aroma de couro. Precisa de decantador para abrir os aromas.

Na boca tem bom corpo, bem tânico, com agradável acidez, final agradável e prolongado. Seu único defeito é o álcool muito perceptível.

Agiorgitiko - Grécia

Nemea, 2006.
Tinto.

É um vintage grego! Muito interessante!

Taninos aveludados e presentes, que tomam conta da boca sem ser pesado. Acidez equilibrada.

Aroma frutado, baunilha, frutas roxas, chocolate, notas florais.

Kretikos - Boutari - Grécia

Thessaloniki, 2003.
Tinto. Kotsifali e Mandilaria.

No entardecer do auge, dura ainda alguns bons anos. Aroma predominantemente amadeirado, mas com a fruta ainda bem presente, principalmente quando abre mais, por isso pede um decantador. No aroma ainda apresenta um pouco de tostado, o conjunto lembra cassis com açúcar queimado.

A cor é rubi com reflexos alaranjados, muito bonita e brilhante. Na boca está muito bom, com acidez no ponto, taninos suavizados mas presentes e um amargor marcante. Se acompanhado de comida cansa menos o paladar. É bem persistente e muito bem feito.

Compramos no Mercado Municipal de SP por R$ 35, e achamos uma ótima compra.

Retsina Kourtaki - Grécia

Ática.

Branco. Savatiano.

Você já tomou vinho com aroma de cipó, de riacho que passa dentro da mata? Não? Tome este então... é muito louco.

Ficamos impressionados com o outro Retsina que tomamos, com o aroma de cipó, de vegetal. Passamos hoje no Mercado Municipal de SP e achamos este outro Retsina. Não titubeamos, compramos. Impressionante, este vinho também tem o mesmo aroma, e na boca o mesmo retrogosto.

Um amarelo ouro muito bonito, brilhante demais e com reflexos esverdeados. Um dos brancos mais bonitos que tomamos. Aroma de vegetal, de cipó, ligeiramente frutado, com ótima persistência para um branco. Na boca é um vinho suave, mas sem sobrar adocicado, com um pouco de acidez, mas se tivesse um pouco mais não seria nada mal. No entanto o retrogosto dele é fantástico, irreverente e longo, com o mesmo aroma de cipó.

O interessante é que este vinho trouxe na garrafa algumas informações importantes, dizendo que é um vinho muito tradicional da Grécia, da região da Ática, feito com a uva Savatiano e aromatizado com resina do Pinus Aleppo (foto). Diz ainda que é um vinho tradicional utilizado na culinária grega. Compramos no Mercado Municipal por R$ 48. Vale a pena provar.

Retsina - Cambas - Grécia

Branco, Karavaki

É um vinho totalmente surpreendente e inusitado. O aroma lembra um riacho que corre no meio da mata sob cascalhos e límpido. Principal aroma de cipó e musgo. Uma viagem aromática. Algo nunca remetido a nós na forma de vinho! Talvez a descrição soe estranha até para os entendedores de vinho, mas foi exatamente isso que sentimos... Na boca falta acidez e não tem nada de corpo, ficou sem personalidade, deixando a desejar nesse quesito. Porém, tem o mesmo retro-gosto de riacho límpido na mata com cipó! Se encontrar, não deixe de experimentar: ótimo custo, importado pela Mistral, compramos na Emporio Europa, em Bragança Paulista, cidade bonita, com um lago lindo para se passear.

Gerovassiliou - Grécia

Epanomi, 2005.
Branco, Chardonnay.

Um chardonnay muito bom e bem típico. Brilhante, com um tom amarelo vívido e nuances esverdeadas. Aroma marcante, cítrico, um pouco amadeirado, com toque de mel.

Na boca é bem equilibrado, com acidez agradável e persistência mediana. Se este vinho tivesse um pouco menos de acidez ficaria chato. Mas não, a acidez faz dele um vinho admirável.

É um bom exemplar da chardonnay. Nos lembrou um pouco o Salentein Chardonnay, que é um vinho excelente e marcante, argentino. Só que este vinho grego é um pouco menos encorpado, mais leve e elegante em comparação com o argentino.

Compramos na Mistral e é uma boa dica, apesar do preço mais salgado. A Grécia tem nos surpreendido com seus bons vinhos, e para quem quer sair do circuito tradicional com uma qualidade surpreendente, esta é uma boa dica.

Naoussa Boutari - Grécia

Grécia, 2004.
Tinto, Xinomavro.

Vinho surpreendente! Com aroma complexo, madeira, lembra um borgonha, na cor e translucidez também. Bem equilibrado, bom custo benefício. Compramos em uma loja chamada Bordeaux, em Brasília, importado pela Vinci.