Nos preparamos para a ExpoBigode. Mas não era! Faltaram os bigodudos. Afora uma portuguesinha linda, todos os outros expositores eram brasileiros. Ainda bem que desistimos de ir com os nossos bigodes, iríamos destoar. A Anny principalmente. E o nariz e o óculos são desconfortáveis...
Ficamos emocionados quando soubemos que em Portugal há um movimento cívico para estimular os integrantes da seleção a deixarem os bigodes, inclusive na seleção feminina. Achamos uma pena os jogadores não deixarem os seus bigodes crescerem. Para compensar nós desenhamos bigodes nos jogadores da seleção de Portugal no Álbum de Figurinhas da Copa. Ficou muito melhor!
Mas se no futebol os patrícios não mandam tão bem, nos vinhos eles compensam. Aconteceu ontem em Brasília, no Hotel Naoum, a Grande Prova de Vinhos do Douro e do Porto, promovida pelos Instituto do Vinho do Douro e do Porto. Estudamos para a prova e provamos vinhos maravilhosos. O evento estava ótimo, com todos os principais representantes e restaurantes de Brasília.
Para dizer a verdade os brancos foram os mais surpreendentes, com suas castas típicas: Rabigato, Viosinho, Gouveio, Arinto... Gostamos muito do Douro Grainha Branco. Nos impressionou os vinhos de corte com predominância da Rabigato e da Arinto, que combinam bastante perfume, boa acidez e final longo. Tomamos um espumante branco Caves Trasmontanas fantástico, aromático, com borbulhas fartas, muito seco e muito saboroso.
Falando em brancos, nós tomamos um Porto branco fantástico da Rozès. Eu disse ao expositor que não gostava de Porto branco, mas ele insistiu para eu provar e não me arrependi, era realmente diferente, excelente. O Porto 10 anos deles também era uma maravilha. Tomamos outros portos, mas os Rozès foram os melhores.
Nos tintos, ultimamente temos gostado muito da Touriga Nacional, que tem um aroma muito característico, que passa uma sensação de robustez e muito corpo, com algo de tostado e couro. E na boca eles se saem muito bem, pois são vinhos encorpados e elegantes ao mesmo tempo. Provamos alguns memoráveis, mas provamos outros com o pezinho na fruta, bem ao gosto do mercado.
Nós preferimos os vinhos portugueses feitos no estilo antigo, corte com muitas castas autóctones, brancos refrescantes e tintos para envelhecer. Achamos um pecado que diversos produtores estejam fazendo vinho para o mercado: varietal, frutado, tânico, com forte aroma de baunilha e "pronto para beber". Quando nos oferecem um vinho de 1 ou 2 anos "pronto para beber" nós fugimos imediatamente. E corremos muito...
Mais tarde colocaremos uma lista dos vinhos que mais gostamos, quando a memória voltar e nos lembrarmos qual eram.
Este legítimo bigode encontramos na Expovinis
Em relação aos bigodes a prova de ontem decepcionou
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