sábado, dezembro 28, 2013

O que você deseja para o ano que vem?

As pessoas desejam, e seus desejos movem o mundo.

Nietzsche chamaria de vontade, do imperativo da vontade, ou de "vontade de poder" segundo seus interpretes nazistas. Deleuze e Guattari mataram a charada: são os fluxos desejantes que orientam as ecologias subjetivas, que complementam as ecologias ambientais e sociais. Sem o equilíbrio da subjetividade humana, nada se equilibra em nosso ecosistema.

As pessoas desejam mal, bastante mal... desejam apenas sua sorte pessoal, sua vitória, seu sucesso.... Seu, Sua... Tudo na primeira pessoa do singular. Nada Nosso, nada Coletivo, esquecendo principalmente das gerações futuras, que nunca figuram entre os desejos das pessoas para além do seus próprios Filhos, ou quiçá Netos.

Se uma decissão for colocada como crucial para o coletivo e para o futuro da humanidade, o indivíduo típico vai dizer: "que se dane essa balela, eu quero é a minha Ferrari, e eu quero hoje, porque a vida é curta..."

Enfim, os males da humanidade não se reduzem ao regime político, ao sistema econômico, ao equlíbrio ambiental, ou ainda a repressão de gênero, classe, etnia ou opção sexual, apesar do enorme poder de dano destes todos.

O que marca o fracasso final da humanidade são os seus fluxos desejantes individualistas, e ao desejo de cada um para a sua própria vida.

E você, o que deseja para o ano que vem?

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