domingo, janeiro 02, 2011

Casa Porta Winemaker Reserva - Pinot Noir - Chile

2007.
Tinto.

Um vinho apenas razoável, mas agradou bastante aos que não costumam tomar vinhos, por isso pode ser uma boa dica para introduzir novatos aos sabores do vinho.

Rubi brilhante, com aroma bastante frutado, lembrando goiaba madura e com álcool bem perceptível. Na boca é bem fácil, bastante frutado com poucos taninos, pouca acidez, com corpo leve e final curto. O vinho é um tanto enjoativo e muito alcoólico.


Este vinho foi tomado em um reencontro de amigos dos tempos de faculdade, no qual o Luiz com Zê tentou convencer a todos que as cervejas pilsen brasileiras são todas iguais.

O Luiz com Zê já trabalhou na Kaiser e tem o discurso na ponta da língua para dizer que todas são iguais: "A água é desmineralizada, o malte e o lúpulo são todos do mesmo fornecedor e o processo é completamente industrializado". Nem sua namorada - Fernanda, na foto - ficou convencida.

Quando alguém se deslocava até o freezer sempre soava uma voz: "eu já sei que são todas iguais, mas traz uma Brahma que é mais gostosa".

No segundo dia, depois de ouvirmos por horas e horas a fio a ladainha que as cervejas eram todas iguais, minhas habilidades de degustador foram colocadas à prova com as cervejas Skol e Brahma.

Luiz com Zê se escondeu com uma lata de Skol e uma de Brahma e voltou com dois copos. Após degustar os dois copos repetidas vezes, intercalando com pão para descansar o paladar, e superar a chacota dos amigos, dei o braço a torcer: eram rigorosamente iguais, eu não conseguia distinguir uma da outra.

Ao proferir minha sentença, reconhecendo que ele estava certo, que as cervejas eram iguais de fato, o gaiato falou: "Espere, vou fazer novamente". Meu Sentido Aranha zuniu: maracutaia. "Alto lá, mostre-me aqui as duas latas". E eis que surge a verdade: a lata de Skol estava quase vazia e a Brahma cheia até a boca. Eu havia provado da mesma cerveja.

Foi repetido o teste, agora com uma testemunha para acompanhar o processo e evitar a mutreta, um copo com Brahma, um copo com Skol. Agora sim, eram cervejas diferentes, provei e vaticinei: esta é Skol, menos encorpada, menos amarga, e a outra Brahma, mais encorpada e mais gostosa. Acertei em cheio. A prova se repetiu e outro acerto se sucedeu.

Estava pronta a chacota para o resto do churrasco, e desta vez não seria meus trejeitos de degustador o objeto do riso dos convivas, mas sim o retumbante fiasco da ladainda do Luiz com Zê...

Um comentário:

Anônimo disse...

Elementar meu caro Bigas, tanto o teste ter sido sabotado (típico), quanto sua capacidade para identificar qual a cerveja melhor.
Na época de Rio Claro (início dos anos 1990)era possível identificar a Brahma, a Skol e a Antártica só pela cor, sendo a Skol a mais clara(palha), a Brahma intermediária e a Antártica com um amarelo mais intenso (ouro). Hoje estão um pouco mais padronizadas, mas o teste de paladar é facilmente realizado e revelador. Também prefiro a Brahma, mas o meu caso é muito suspeito, pois aqui em Agudos nós já tomamos algumas gotinhas na mamadeira, que é pra criar anti-corpos. Rs... Abraço, Manas.