Mendoza.
Tinto. 2006.
Começamos a conversar com o vinho... e ele tinha algo a nos dizer. Sabe como é, se a indicação é de um amigo, o teste é rigoroso. Logo na abertura os aromas já saltaram, indicando que eram abundantes, e que tinha álcool a carregá-los. Bem, um Cabernet Argentino de 2006 com 14,5% pede um decantador.
Enquanto deitamos o vinho no decantador, com a primeira taça jantamos um omelete (de ovos caipiras) com cogumelos paris frescos e alcaparras, acompanhado de brócolis (foto). Estava delicioso, apesar de ser um prato muito simples. Viva o Hondashi!
Em 15 minutos o vinho ainda não estava aberto e ainda estava exalando muito álcool. Resolvemos deixar mais uma meia hora para ver se abria mais. Depois de sermos pacientes, o vinho se abriu muito mais, e nos ofereceu todos seus prazeres.
Rubi, com leves reflexos violáceos e bem brilhante. Os aromas são complexos e, quando o álcool evapora um tanto, ficam perceptíveis as frutas vermelhas como cereja e cassis, com delicioso aroma de bala e um toque magistral de madeira e especiarias, bem ao fundo da perfumada sinfonia. Na boca corpo médio, com amargor agradável, acidez excelente e taninos presentes, mas sem exagero. É harmônico e tem um final muito longo, com retrogosto de cassis.
Ou seja, é um vinho fantástico de fato. A excelente dica foi do Bruno, da Art du Vin, onde o compramos. Ótima indicação!
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